terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Tamo voltando, MG!


Fomos surpreendidos por Brasília. Um dos motivos que nos levaram a largar a vida na cidade grande é que as cidades pequenas ou até acampamentos no meio do mato nos proporcionam um aconchego especial, e há muito tempo uma cidade grande não nos deixava fascinados. Já estávamos acostumados com o sossego das cidades pequenas, mais afastadas do movimento.

Buscamos por essas cidades pequenas e na manhã seguinte ao tour por Brasília levantamos acampamento. Dali, seguiríamos para Minas Gerais pela rodovia BR 040, que atravessa todo o estado até o Rio de Janeiro, nosso destino final.



Apesar das ótimas indicações sobre essa rodovia nos pesavam os pedágios, pois tudo ficava em torno de R$ 100 golpinhos.

Seguimos com a grana contada e acreditando no bom desempenho e economia de gasolina da Gertrudes. A próxima cidade seria Paracatu – MG.

O trecho de Brasília a Paracatu – MG é bem movimentado e urbano. Paramos na estrada e aproveitamos para tomar um lanche na padaria, além de ficar atento aos postos de combustíveis na beira da estrada para, quem sabe, aproveitar um bom valor. Mas foi em vão: o último bom valor foi no centro de Brasília, $3,19, e por lá o custo era a partir de 4,00.

Chegamos a Paracatu, percorremos algumas ruas e novamente paramos em uma padaria hahaha. Um dos motivos para a ansiedade de chegar em MG era o delicioso pão de queijo, que, claro, foi nossa 1ª aquisição assim que pisamos em solo mineiro.

Ainda na padaria, pedimos sugestões de lugares para conhecer e nos indicaram um museu no centro da cidade.

Fomos até lá e entramos numa casinha aconchegante. Bom, na verdade, o quesito conhecimento cultural passou meio longe desse casal aqui (rs). Somos bem curiosos por história e costumes, mas não fazíamos ideia do conteúdo exposto no museu.

Tratava-se de uma exposição chilena, que contava a história do país e de alguns personagens marcantes... OI?! A gente esperava algo sobre a cidade haha. Mas tudo bem, ficamos admirados com a casa, piso de madeira, telhado muitooooo alto, janelas e portas antigas, um jardim e até um coreto. Uma lindeza.

Saímos dali fazendo cara de conteúdo e andamos um pouco pelas ruas no entorno. Não dava pra ir muito longe, pois o Meleca ficou na Kombi e já sabíamos que ele não se comportava muito bem.
Retornamos à Kombi e optamos por parar num posto de combustível para cozinhar. Pretendíamos pousar por ali mesmo, mas o posto fechava as 22h e não poderíamos estacionar por ali.

Vini foi conversar com os frentistas sobre algum posto 24 horas para passarmos a noite e nos indicaram um às margens da rodovia. Lá fomos.

Estacionamos e, novamente, Vini foi conversar com o frentista para se informar sobre aquelas dicas iniciais - banho, água, segurança, etc. Pasmem: a frentista nos sugeriu não dormir por ali, pois era perigoso :O Em todo nosso tempo de estrada nenhum frentista tinha sido tão sincero. Ela disse que aquela era uma região violenta e no posto já haviam rolado alguns assaltos.



Conselho dado e agradecido, seguimos viagem, apesar de lamentarmos deixar a cidade. Nos arredores tinham algumas cachoeiras que gostaríamos de conhecer no dia seguinte, mas não seria dessa vez.
Seguimos e paramos próximo à cidade de João Pinheiro – MG, não muito distante da anterior, mas dessa vez o frentista nos de a certeza de que era segura, ufa!

Seguimos até Três Marias –MG no dia seguinte. Pesquisamos sobre a cidade e vimos que ela era cortada pelo rio São Francisco e ficamos afim de encontra-lo mais uma vez.

Chegamos ainda a tempo de tomar um café com pão de queijo hahah e porque não? Além de ser um típico pão de queijo mineiro, é tudo baratinho. Por vezes o café saia de graça \o/

Perguntamos se às margens do São Francisco teria alguma prainha para passarmos o dia (nos acostumamos com as praias de rio) e para nossa alegria tinha sim.

Ficava na hidrelétrica da cidade e não era muito longe de onde estávamos.  Passamos no mercado, nos abastecemos para o almoço, pois pretendíamos passar a tarde por ali, e fomos para lá.

O São Francisco se mostra lindo e imponente nos dois estados em que o encontramos, Pernambuco e Minas Gerais. Por ali, alguns pescadores, banhistas e muitos, muitos caminhões pipas (que transportam água) se abastecendo.

rio São Francisco <3 nbsp="" td="">

Deixamos o Meleca à vontade. Ele se esbaldou de correr de um lado para o outro e com tanta água ahaha. Deve ter gostado tanto quanto a gente.

Almoçamos, observamos o movimento e não queríamos ir embora. Perguntamos para os motoristas dos caminhões se era seguro parar ali e disseram que sim, vez ou outra uns carros apareciam para namorar hahaha ok!

Aproveitamos para tomar um banho. Precisamos, inclusive, dar um banho no Meleca, que passou a tarde inteira rolando nos restos dos peixes que os pescadores deixavam por ali e estava cheirando carniça rs.

O tempo passou e paralisamos para ver o pôr do sol. Que cena incrível! Já estávamos satisfeitos de estar ali só por esse momento.

Preparamos a Gertrudes para dormimos, mas os mosquitos não nos deixavam a vontade. Depois do calor, os mosquitos são nossos piores inimigos de estrada. Vini fez uma fogueira para tentar espantar
e ficamos na areia o resto da noite, na maior tranquilidade. Só nós e o rio - e os mosquitos.

Céu lindo, fogueira, som de água. Fórmula perfeita para o sono chegar e a gente descansar sabendo que no dia seguinte tinha outra aventura.

Sai, mosquito :P

Nenhum comentário:

Postar um comentário